Cientistas da Universidade da Carolina do Norte (EUA) anunciaram uma
descoberta que pode revolucionar os bares pelo mundo: existe um gene que
protege as pessoas do alcoolismo, fazendo-as beber menos. O estudo
partiu de um princípio científico que já era conhecido: pessoas que
ficam ébrias rapidamente, quando começam a beber com regularidade (os
chamados “miojos”) têm menos chance de contrair alcoolismo no futuro.
Agora, acharam o segredo dessa proteção ao alcoolismo, um gene que foi
“batizado” de CYP2E1.
O procedimento deste gene é o seguinte: ele sintetiza (produz) uma
proteína que quebra o etanol – responsável pela embriaguez – com mais
eficiência, diminuindo o efeito
Cientistas da Universidade da Carolina do Norte (EUA) anunciaram uma
descoberta que pode revolucionar os bares pelo mundo: existe um gene que
protege as pessoas do alcoolismo, fazendo-as beber menos. O estudo
partiu de um princípio científico que já era conhecido: pessoas que
ficam ébrias rapidamente, quando começam a beber com regularidade (os
chamados “miojos”) têm menos chance de contrair alcoolismo no futuro.
Agora, acharam o segredo dessa proteção ao alcoolismo, um gene que foi
“batizado” de CYP2E1.
O procedimento deste gene é o seguinte: ele sintetiza (produz) uma
proteína que quebra o etanol – responsável pela embriaguez – com mais
eficiência, diminuindo o efeito nocivo da bebida. Tal enzima ainda atua
de forma semelhante sobre outras toxinas. Os pesquisadores de Carolina
do Norte explicam que o gene em questão tem um grande efeito em como as
pessoas “recepcionam” o álcool no organismo.
Em uma única frase: pessoas mais sensíveis ao álcool são menos
propensas a se tornar alcoólatras. Pelo seguinte motivo: o gene dos
sensíveis ao álcool produz a referida enzima – que quebra o etanol – em
maior quantidade, gerando mais radicais livres. Esses radicais reagem
rapidamente, no fígado, gerando energia (como se o corpo fosse um carro
movido a biocombustível), desencorajando que se beba mais.
O estudo sobre o assunto envolveu adolescentes em idade escolar, a
maioria dos quais teve pai ou mãe alcoólatras. Sendo bebedores
relativamente novos, eles receberam cerca de três drinques e avaliaram
como o álcool os fez sentir. A oscilação em sua postura e respiração
também foi medida no experimento. Cada participante teve seu DNA
mapeado, para se concluir em quais genes houve atividade, e de que tipo.
Analisando os resultados, associaram a presença de pelo menos uma
cópia do gene CYP2E1 com a recepção dos estudantes ao álcool. Aqueles
que continham o gene, em geral, se embriagaram mais rapidamente, e
portanto têm menor tendência ao alcoolismo. Ainda se estuda se o gene
também é relacionado a outros vícios, como o da nicotina. [Live Science]